Como criar filhos que não sejam o centro do nosso mundo?

Filhos: a maior dádiva que todo pai e mãe tem no mundo. Lutamos para dar todo amor e carinho, trabalhamos muito para dar os presentes que eles desejam e adoramos ouvir aquele fiozinho de voz nos chamando de mamãe e papai. Não tem sensação melhor no mundo do que amar e ser amado pelos nossos filhos.

Mas apesar de todo esse tom de romantismo, criar um filho não é a tarefa mais simples do mundo, mas sim um grande desafio. Dar a melhor educação, as melhores roupas e os melhores brinquedos é uma tarefa que exige trabalho e dinheiro, mas é na área da educação moral que nossas crianças tem dominado os pais e vemos uma geração mimada, insegura e indecisa se formando.

Como controlar os momentos – que estão cada vez mais comuns – onde a criança se torna o centro de nosso universo? Onde estamos errando na educação? Qual o papel da escola? Como preparar nossos filhos para serem adultos com uma estrutura emocional e racional em equilíbrio? Vejamos as respostas para essas questões.

Meu filho: o centro de tudo

Assim que uma mulher se descobre grávida, um mix de sensações aparece e a maior delas é que agora toda sua vida será baseada na função de fazer tudo por este filho. Este pensamento é comum e natural, mas pode ser prejudicial.

A geração atual de crianças está crescendo sem limites e muitas delas não sabem o que é respeito. É visível que os pais atuais, nascidos e criados ainda sob uma ótica um tanto conservadora, acabaram abrindo demais sua visão e se perdendo, deixando os filhos mais vulneráveis a um mundo cada dia mais complicado.

Hoje, estamos diante de pais que fazem tudo por um bem maior, que é o filho, mas esquecem de dar confiança e autonomia a essas crianças e de ensinar a elas a serem independentes. Sem limites, sem nãos e sem correção.

A escola e seu papel na educação infantil

Alguns pais acreditam que a escola tem papel fundamental nessa educação moral, sendo que muitos, principalmente os que possuem um tempo mais apertado por conta do trabalho, acabam deixando a criança livre para fazer e agir como quiser, dando presentes em troca de um alívio em sua culpa por serem pais ausentes.

De fato, a escola pode ser auxiliadora nesse processo de educação. Porém, não é sua função ensinar, cobrar e dar a correção quando necessário. Os pais precisam ser firmes e, com amor, mostrar aos filhos o caminho certo. Mas isso requer paciência e esforço.

Não basta colocar um filho no mundo e deixar para escola a obrigação da moral. Nesse ponto, a criança precisa seguir os valores que os pais ensinaram para que quando chegarem na escola, saibam como se portar, respeitar e que para tudo há limites.

Como encontrar o equilíbrio entre razões e emoções

Para muitos pais, esse é um ponto complicado. Para encontrar o equilíbrio entre o cativar a afetividade de seu filho e fazê-lo entender que determinada atitude precisa ser corrigida, tudo se resume a quatro letrinhas: amor.

Uma pesquisa recente mostra que filhos que têm uma mãe amorosa e que sempre demonstra esse sentimento – seja nos momentos de brincadeiras ou de beijos, assim como na hora de dar broncas e castigar – são mais felizes e tem um desenvolvimento cerebral superior a crianças de mães distantes ou rígidas.

Diante disso, vemos que o que mais falta nas famílias para uma geração feliz e madura é a estruturação do ambiente familiar. Falta firmeza em mostrar a essas crianças que elas são amadas, mas precisam aprender valores básicos e essenciais para a vida em sociedade, como serem independentes e que todos seus atos têm consequências.

O mundo tem ensinado que todo “não” é ruim e prejudicial ao caráter infantil. Mas elas precisam aprender que, mesmo através de um não de seus pais, através dos limites impostos, há mais amor envolvido do que qualquer sentimento, pois, a educação sempre será a maior prova de amor que pais darão a seus filhos na vida.

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